As vezes vou ao cinema e me salvo
Quando parece que o céu vai desabar nas nossas cabeças, São Paulo fica estupidamente bonita. E um pouco aterrorizante. Fiquei muito feliz de ter ido ao cinema de ônibus e não de carro. Adoro andar de guarda-chuva, mesmo que eu acabe me molhando. E adoro pegar ônibus na chuva às seis da tarde quando tem lugar pra sentar na janela. Fico contemplativa, mas ao mesmo tempo estupidamente distraída. E é nesses momentos avoados que paro de prestar atenção no que estou refletindo e, de repente, escuto uma frase ecoando. Em geral ela não faz sentido nenhum, porque eu não estava prestando atenção no que eu estava pensando e perdi o contexto. Hoje foi o suicídio muda tudo. E eu não tenho idéia de onde eu queria chegar.
5 Comments:
bonito.
talvez já tivesse chegado.
Se fizer, faça direito.
Eu tenho que ler um livro de um mala francês romântico do começo do século XIX (fora por alguns eventos pontuais, o mundo devia muito ter começado em 1848...) que é o processo de cura do escritor de uma neurose depressiva. No fim da primeira metade, ele escreve sobre como encontrou o caminho, sobre como agora, sabendo de tudo isso que ele compartilhou no "maravilhoso" texto dele ajuda a enfrentar as adversidades e a dor. Antes de revisar a segunda parte ele se matou. Conclusão: o livro obviamente não serve para nada e deveria ser sumariamente ignorado.
Essa frase não é minha ?
digo, o titulo...
( alias, tem mostra )
É sim, Ber. E alias não é a primeira vez que uso num post meu. Da primeira dei os créditos, desta vez esqueci. Bem lembrado.
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