segunda-feira, julho 04, 2005

Cansados de citações?

Eu sou um amante fanático da liberdade, considerando-a a única condição sob a qual a inteligência, a dignidade e a felicidade humana podem se desenvolver e crescer; não a liberdade formal puramente concebida, proporcionada e regulada pelo estado, uma mentira eterna que na realidade nada mais represente do que o privilégio de alguns, fundado na escravidão dos demais; não a liberdade fictícia, desgastada, egoísta e individualista exaltada pela Escola de J.J.Rousseau e outras escolas do liberalismo burguês, que consideram os desejados direitos de todos os homens, representados pelo Estado, que limita os direitos de cada um – uma idéia que conduz inevitavelmente à redução dos direitos de cada um a zero. Não, eu quero dizer, o único tipo de liberdade que é digno do nome, a liberdade que consiste no completo desenvolvimento de todas as faculdades morais, intelectuais e materiais que estão latentes em cada pessoa; liberdade que não reconhece outras restrições além daquelas determinadas pelas leis de nossa própria natureza individual, que não podem ser consideradas propriamente como restrições, visto que essas leis não são impostas por algum legislador que está de fora, próximo ou acima de nós, mas são intrínsecas e inerentes, formando a base real de nossa existência moral intelectual e material - elas não nos limitam, mas são as condições imediatas e reais de nossa liberdade.

Bakunin
(texto sobre a Comuna de Paris)

9 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Falar é fácil.

segunda-feira, julho 04, 2005  
Anonymous Anônimo said...

anonimamente então é mais fácil ainda.

segunda-feira, julho 04, 2005  
Blogger Felipe Iturrieta said...

É pura preguiça de escrever. Nada além disso.

segunda-feira, julho 04, 2005  
Blogger Iúri said...

Hah, é uma maneira curiosa de continuar a discussão =). Ok, vamos tentar evitar o lugar-comum então:

1) O que você entende por natureza individual? Você conhece a sua própria? Age sempre consistentemente de acordo com ela? Ou será que, por ela determinar quem você é, a própria idéia de divergir dela é um paradoxo? Será que a sua imaginação não transcende a sua natureza?

2) Tendo em mente as questões do item 1, você concorda mesmo com o senhor Bakunin quando ele diz que as restrições impostas pela sua natureza individual são irrelevantes para definir liberdade?

3) Dada a complexidade do conceito liberdade, você concorda que, fora de um contexto que limite muito o escopo do seu significado, só as afirmações mais simples e óbvias podem ser feitas sobre o assunto?

=P esse cara está trapaceando. Ele usa essas idéias indefinidas de faculdades latentes em cada pessoa, de natureza individual, como combustível prá fazer um discurso inflamado; usa para se elevar a plataforma fácil da crítica a outras tentativas de definição de um conceito abstrato. Eu mantenho que é inválido estabelecer uma relação objetiva do tipo
felicidade => liberdade

terça-feira, julho 05, 2005  
Blogger Iúri said...

(quando eu disse irrelevantes, quis dizer irrelevantes como restrições, tá)

terça-feira, julho 05, 2005  
Blogger Thais said...

hashahshah

a minha resposta ao iuri se baseava EXATAMENTE nessa passagem do Bakunin!

e percebo que fui prudentíssima em tê-la deletado.

terça-feira, julho 05, 2005  
Anonymous Anônimo said...

Assim que eu ler Espinoza, eu prometo que acabo com a raçado Iuri, tá?

terça-feira, julho 05, 2005  
Blogger Iúri said...

Tá bem, não brinco mais. Não sei onde eu errei aqui, mas parece que a idéia de ser algo construtivo se perdeu no caminho. Vocês podem ficar com as suas opiniões e citações, doravante eu guardo as minhas para mim.

terça-feira, julho 05, 2005  
Blogger Thais said...

faz isso não. desculpe.

(mas, pera, deixa eu ver se você está no MSN pra ver se peço desculpas corretamente por essa grosseria aí em cima)

terça-feira, julho 05, 2005  

Postar um comentário

<< Home