quinta-feira, janeiro 16, 2003

São isso palavras: teço ensaio e cena
A cada ato enceno a diferença
Do que é amor ficou o seu retrato
A peça que interpreto
Um improviso insensato
Essa saudade eu sei de cor
Sei o caminho dos barcos.

E a muito estou alheio e quem me entende
Recebe o resto exato e tão pequeno:
Ó dor, se há - tentava, já não tento.

E ao transformar em dor o que é vaidade
E ao ter amor se este é só orgulho
Eu faço da mentira, liberdade
E de qualquer quintal faço cidade

E insisto que é virtude o que é entulho:
Baldio é o meu terreno e meu alarde.

Eu vejo você se apaixonando outra vez
Eu fico com a saudade
Você com outro alguém.


Vamos fugir para a Turquia?